terça-feira, 17 de agosto de 2010

PROPOSTA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

          PROPOSTA PEDAGÓGICA DA

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA


                A educação escolar indígena no Brasil vem obtendo, desde a década de 70, avanços significativos no que diz respeito à legislação que a regula. Se existe hoje leis bastante favoráveis quanto ao reconhecimento da necessidade de uma educação específica, diferenciada e de  qualidade para as populações indígenas, na prática, entretanto, há enorme conflitos e contradições a serem superados.                                                                   
         Os professores indígenas, a exemplo do que ocorre em muitas outras escolas do país, vem insistentemente afirmando a necessidade de contarem com currículos mais próximos de suas realidades e mais condizente com as novas demandas de seus povos. Esses profissionais reivindicam a construção de novas propostas para suas escolas, em substituição àqueles modelos de educação que, ao longo da história, lhes vem sendo imposto, já que tais modelos nunca corresponderam aos seus interesses políticos e  pedagógicos de suas culturas.                                         
                Trabalhar nesta vertente, não é algo que se inicia de uma hora para outra. Ela ganha especificidade quanto se torna  política de educação. A dinâmica da territoriedade, conforme PAESE (2006) parte de “uma localização geográfica diferenciada, com espaços desiguais tanto em estrutura econômica quanto culturais, comunidades que apresentam  traços diversos dos da vida urbana, que apresentam uma realidade social significada de outro jeito”. Nessa leitura de realidade, os princípios são outros, precisamos apontar inovações a partir do contexto local, para serem incorporadas conforme a Lei 11.645/2008 e também de acordo com as  Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que garantem aos povos indígenas o direito de estabelecerem formas particulares de organização escolar.                             
        A Legislação brasileira e a educação escolar indígena, juntamente com a Constituição Federal,  regulamentam,  dando visibilidade e assegurando direitos às  populações nativas brasileiras.
As leis da Educação nacional sempre trataram todos os brasileiros como iguais ou na perspectiva da construção da igualdade étnica, cultural e lingüística, os índios são reconhecidos a sua organização social, costumes, língua crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo a União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus costumes. Hoje é certo que eles não são apenas uma referência no passado, mas que farão parte do nosso futuro. (Referência Curr. para as Esc. Indígenas).                                                                                                                                   
                Para que o tratamento dado pelas políticas à questão da educação escolar estejam em consonância com o que as comunidades indígenas, de fato, querem e necessitam, a  proposta  de ações para a Educação Escolar Indígena  é o atendimento  das comunidades escolares de maneira diferenciada, atendendo as especificidades de cada etnia. Para isso, nos propomos a fazer o acompanhamento do Projeto Sala de Professor, de 15 em 15 dias, atendendo os professores que atuam no 1°, 2° e 3° ciclo do ensino fundamental, estudar e discutir as políticas de forma dialógica, propor produção coletiva e individual, socializando as experiências no grupo de trabalho, visando compreensão das estratégias teórico-metodológicas para a educação indígena. Além disso, auxiliar sempre os coordenadores pedagógicos, orientando-os na elaboração dos projetos de formação dos  professores  (Sala de Professor), com carga horária de  80 horas, subdividido de acordo com suas necessidades.                                                                                             Para desenvolver uma formação coerente e significativa, os professores formadores  das áreas do conhecimento e Alfabetização farão  formação de 8 horas em cada  escola, conforme  diagnóstico levantado nas unidades escolares, bem como as necessidades formativas dos professores, planejamento das  ações didático pedagógica das áreas do conhecimento de modo interdisciplinar, pensando na organização de espaços e tempos escolares que propiciem o envolvimento de todos nas atividades, visando a garantia de aprendizagem, que é um direito de todos,  diminuindo a distância entre o discurso  e as ações efetivamente postas em prática nas salas de aula das escolas indígenas.
               
Encontros Formativos: Serão realizados quinzenalmente
 Professor Formador: Leandro Escobar de Oliveira
 Projeto Pedagógico: Educação Indígena.
Objetivo: Atender as escolas indígenas, diagnosticando as necessidades continuamente, conforme as demandas, sugerindo estratégias e discutindo as políticas indígenas valorizando o envolvimento das lideranças, bem como acompanhando as atividades  do Projeto Sala de Professor,
C. H. 80 Horas – Juara, Comunidades Indígenas. 
Comunidade Tatuí:Escala Estadual de Educação Básica Indígena “ Jupirijup”
Nova Manduruku: Escola Estadual de Educação Básica Indígena “Krixi Barampô”
Comunidade Mairob: Escola Estadual de Educação Básica Indígena “ Leonardo Crixi Apiaká” : Propiciar aos profissionais da EJA uma reflexão sobre as práticas de gestão da educação de Jovens e Adultos a fim de contribuir para a implementação e consolidação de políticas educacionais afirmativas da modalidade, promovendo formação aos educadores na perspectiva de contemplar a diversidade humana, procurando favorecer uma prática pedagógica na escola que vise o aprendizado do educando.
                                                                                 

               

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