RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DA SALA DE PROFESSOR
Município de Juara – Distrito de Águas Claras
Estada nas aldeias Nova Munduruku, na Escola Estadual de Educação Básica Indígena “Crixi Barompô, Aldeia Tatuí, Escola Estadual de Educação Básica Indígena “Juporijup” e Aldeia Mairob, na Escola Estadual Indígena “Leonardo Krixi Apiaká” realizando o acompanhamento de Sala do Professor das escolas indígenas.
Professor Formador: Leandro Escobar de Oliveira
Problemas: Necessidade de se fazer o acompanhamento do desenvolvimento dos estudos feito no Sala de Professor das Escolas Estaduais Indígenas.
Nos dias 19, 20 e 21 do mês de outubro de 2010, me desloquei até as aldeias indígenas para um efetivo compromisso que tinha com os professores para realizar o acompanhamento no Sala de Professor.
De acordo com o Planejamento e Projeto das escolas, os alunos e professores da escola Crixi Barompô se reuniram no início da semana para a preparação do terreno (destoca, arrancação de soqueira de capim e capinação) que iria receber o plantio de vários produtos para fins alimentícios e consumo dos próprios alunos da escola.
Os alunos deram início com o trabalho em forma de mutirão e os professores acompanhavam para orientá-los de como proceder com o trabalho, toda atividade era acompanhado de perto.
Na escola “Juporijup” não houve realizações de atividades extra sala e nem formação para os professores, pois aconteceu um acidente com a filha da coordenadora pedagógica e ela não se encontrava presente, as aulas foram normalmente.
A Escola “Leonardo Krixi Apiaká” o diretor juntamente com o coordenador pedagógico prepararam os alunos para fazerem a plantação dos roçados, foram divididos em dois grandes grupos e se dirigiram para diferentes roças. Essa atividade prática, se dava no período matutino e no período vespertino, os alunos em sala de aula relatavam por escrito todo acontecimento a respeito do plantio, como era feito e quais os procedimentos necessário para o plantio.
Uma coisa interessante que pude observar naquele povo é que todos aprendem a forma do plantio, desde os que estão estudando, até mesmo os mais novinhos, como criança de 2 e 3 anos que acompanham seus pais e mães que são alunos. Outra observação que fiz, era a maneira de ser plantado, eles não seguiam um padrão ou alinhamento para realizar o plantio, era feito aleatoriamente, conforme o espaço, não tinha seguimento, então, não se sabia quando terminava o plantio no roçado, quando achava que tinha terminado, não tinha, então fiz algumas perguntas como: por que plantar de três mudas? Por que três sementes e por que três nós? Eles não sabiam responder, só diziam que eram assim que haviam aprendido.
Essas observações feita por mim, pretendo conversar com o Coordenador pedagógico e se possível for, estar orientando quanto o espaçamento, alinhamento e a facilidade que isto nos proporcionará quanto a prática na hora da colheita. Outro questionamento feito foi quanto ao transporte dos produtos na hora da colheita. Eles disseram que o transporte é feito por rio em canoa até aldeia.
Os trabalhos foram cansativo, mais muito gratificante, porque todos demonstraram muito interesse naquilo que estava fazendo.
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