quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

INCLUSÃO SOCIAL E ESCOLAR

É difícil pensarmos que pessoas são excluídas do meio social em razão das características físicas que possuem, como cor da pele, cor dos olhos, altura, peso e formação física. Já nascemos com essas características e não podemos, de certa forma, ser culpados por tê-las.
A inclusão está ligada a todas as pessoas que não têm as mesmas oportunidades dentro da sociedade. Neste item, quero enfatizar mais é sobre as pessoas que precisam de atendimento com necessidades especiais, que por muitas razões são vítimas de discriminação e preconceitos, até mesmo dentro de seu convívio familiar. Mas os excluídos socialmente são também os que não possuem condições financeiras dentro dos padrões impostos pela sociedade, além dos idosos, os negros, dos indígenas e as pessoas que precisam de atendimento com necessidades especiais, como cadeirantes, deficientes visuais, auditivos e mentais. Existem as leis específicas para cada área, como a das cotas de vagas nas universidades, em relação aos negros, e as que tratam da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
O mundo sempre esteve fechado para mudanças, em relação a essas pessoas, porém, a partir de 1981, a ONU (Organização das Nações Unidas) criou um decreto tornando tal ano como o Ano Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiências (AIPPD), época em que passou-se a perceber que as pessoas portadoras de alguma necessidade especial eram também merecedoras dos mesmos direitos que os outros cidadãos. A princípio, eles ganharam alguma liberdade através das rampas, que permitiram maior acesso às escolas, igrejas, bares e restaurantes, teatros, cinemas, meios de transporte, etc. Aos poucos, o mundo foi se remodelando para dar-lhes maiores oportunidades.
Hoje é comum vermos anúncios em jornais, de empresas contratando essas pessoas, sendo que de acordo com o número de funcionários da empresa, existe uma cota, uma quantidade de contratação exigida por lei. Uma empresa com até 200 funcionários deve ter em seu quadro 2% de portadores de deficiência (ou reabilitados pela Previdência Social); as empresas de 201 a 500 empregados, 3%; as empresas com 501 a 1.000 empregados, 4%; e mais de 1.000 empregados, 5%.
Nossa cultura tem uma experiência ainda pequena em relação à inclusão social, com pessoas que ainda criticam a igualdade de direitos e não querem cooperar com aqueles que fogem dos padrões de normalidade estabelecido por um grupo que é maioria. E diante dos olhos deles, também somos diferentes.
E é bom lembrar que as diferenças se fazem iguais quando essas pessoas são colocadas em um grupo que as aceite, pois nos acrescentam valores morais e de respeito ao próximo, com todos tendo os mesmos direitos e recebendo as mesmas oportunidades diante da vida. Por Jussara de Barros Graduada em Pedagogia.
Inclusão Social, Inclusão Escolar Nossa vida possui muitas dimensões e precisamos cuidar de cada uma delas para mantermos uma boa qualidade de vida. Assim, a dimensão social de nossas vida, que inclui lazer e laços de amizade, precisa ser cuidada; a dimensão familiar também, uma vez que reconhecidamente a família foi e continua sendo o suporte do indivíduo. Apoio familiar é importante para que as pessoas sintam-se seguras. Para tanto, a família precisa ser apoiada pelo Estado, a fim de que tenha condições de ser um porto seguro para cada um de seus membros. Por fim chegamos ao cerne de nossa tese: a vida no trabalho precisa ser gratificante e prazerosa. Para tanto, o profissional em seu ambiente de trabalho precisa encontrar mecanismos de motivação, criatividade, e crescimento; precisa fazer um exercício de reflexão para encontrar dentro de si o que mais lhe agrada e atrai no trabalho que exerce, o que lhe dá prazer no trabalho que realiza. Cada uma das instâncias de nossa vida está interligada, a qualidade em uma delas ajuda a levar à qualidade nas outras e o contrário também é verdadeiro: a falta de qualidade em uma das instâncias da vida pode levar a desmotivação e insucesso nas demais também. Quando pensamos em inclusão, também pensamos em seu antônimo: exclusão. Para incluir precisamos admitir que alguém está excluído. Mas quais foram os processos sociais que levaram à exclusão de indivíduos? Que tipo de seleção tem sido feita para excluir ou incluir pessoas? Em todas as faixas etárias vemos diferenças pessoais entre os indivíduos. Uns têm mais facilidade em algumas coisas, outros em outras. Uns estão mais de acordo com o conceito de beleza vigente na época, outros menos. Uns têm mais saúde, outros menos. Mas estas diferenças interpessoais constituem a humanidade, é graças a estas diferenças que temos identidade, que somos únicos no mundo. Quando começamos a nos comparar com os outros começamos a valorizar as nossas diferenças e semelhanças. Então começam a aparecer os conceitos de mais e de menos, de melhor e de pior, e se não tomamos cuidado, perdemos nossa auto-estima porque passamos a vida toda ouvindo que éramos menos inteligentes ou menos bonitas ou bonitos. Então podemos acabar nos afastando das pessoas, num processo de auto exclusão. Como reverter este processo? Hoje em dia temos ouvido falar muito em Inteligência Emocional. Pois é, a inteligência emocional é que nos possibilita a viver em sociedade sem que sejamos antissociais, isolados, acuados, mas pelo contrário, a inteligência emocional nos capacita a nos relacionarmos bem com as outras pessoas, sem que fiquemos nos comparando e nos sentindo superiores ou inferiores aos outros. A diferença é saudável e faz parte da vida. Ninguém é perfeito, mas também ninguém é totalmente imperfeito. No ambiente escolar, as crianças podem ser orientadas para esta visão e postura ante a vida, a fim de se tornarem adultos tolerantes e flexíveis, tanto com os outros como consigo mesmas.
Na cultura da diversidade as pessoas valorizam suas diferenças e unem-se para trabalhar em grupo, unindo as potencialidades de cada uma. Em um grupo, há quem seja mais extrovertido e quem seja mais introvertido, mas ambas as características podem ser aproveitadas pois ambas têm suas vantagens, dependendo da situação. É na convivência com o diferente que perdemos o medo e deixamos de nos sentir ameaçados pelo outro, é na convivência com o outro que passamos a assimilar as suas características que mais nos chamam a atenção. Isto tudo ocorre de modo natural, fruto da convivência e da troca de experiências. Em uma sociedade mais cooperativa podemos observar a diminuição dos abismos sociais e das desigualdades econômicas. Os abismos sociais incentivam a competição e a valoração dos indivíduos, uns valendo mais e outros menos. Assim, vemos pesquisas que indicam que os salários das mulheres são menores do que os dos homens em cargos semelhantes. Quando lidamos com as crianças, temos a oportunidade ímpar de educá-las para a diversidade e tolerância. Em uma dada sala de aula pode haver uma criança superdotada, madura e autodidata. Como lidar com esta criança? O ideal é trabalharmos com ela no sentido de ajudá-la a desenvolver suas potencialidades em seu grau máximo sem que ela se sinta diferente das outras crianças, nem inferior, nem superior. Se for uma criança muito boa nas matérias exatas, biológicas e humanas, incentivá-la também a trabalhar o corpo nas aulas de educação física. E ao contrário, se for uma criança fortemente habilitada para atividades esportivas, uma possível futura medalhista, por exemplo, incentivá-la a trabalhar também as disciplinas oferecidas dentro da sala de aula, sem contudo, deixar de auxiliá-la a desenvolver ao máximo suas potencialidades. E quando acontece o contrário, como podemos lidar com crianças que necessitam de atendimento com necessidades especiais, deficiência mental na sala de aula no ensino regular? Para isto os professores e de preferência os demais profissionais da escola precisa e têm o direito de receber capacitação continuada para poder acompanhar o desenvolvimento cognitivo e afetivo do aluno incluído. A capacitação continuada é o caminho para uma educação verdadeiramente inclusiva, é um direito do professor e do aluno, é papel social do Estado.

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